
Bolsas asiáticas e europeias disparam após pausa tarifária de Trump

As Bolsas asiáticas registraram forte alta nesta quinta-feira (10) e as europeias iniciaram o dia com a mesma tendência, em mercados aliviados pela pausa nas tarifas americanas, apesar das incertezas que ainda pesam sobre a China.
Nas primeiras negociações na Europa, a Bolsa de Madri avançava 8,5%, Paris 6,43%, Frankfurt 7,81%, Londres 5,99% e Milão 7,81%.
Na Ásia, o índice seletivo Nikkei de Tóquio fechou com uma alta expressiva de 9,12%, a 34.609 pontos, e o índice amplo Topix subiu 8,09%, a 2.539,40 pontos.
Em Seul, o índice Kospi ganhou 6,6%. A Bolsa de Sydney registrou alta de 4,5% e a de Taipei subiu 9,25%.
Após registrar quedas expressivas na quarta-feira, os mercados asiáticos seguiram a espetacular mudança em Wall Street na véspera, onde o índice Nasdaq disparou 12% depois que Trump inesperadamente recuou em sua política comercial.
O presidente americano anunciou que reduziria temporariamente para 10% as tarifas impostas à maioria dos países caso não adotassem medidas de represálias, com a notável exceção da China.
Washington suspendeu por 90 dias as grandes tarifas que ameaçavam muitas economias mundiais.
Na Ásia, as montadoras de automóveis, cujas ações registraram quedas vertiginosas durante uma semana, registraram forte alta nesta quinta-feira, lideradas por Toyota (+7,5%) e Nissan (+9,05%). Apesar da manutenção das tarifas americanas de 25% sobre as importações de automóveis, os mercados têm esperança de uma possível pausa no futuro.
As empresas do setor de tecnologia vinculadas aos chips, que haviam sofrido com as incertezas sobre as linhas de produção na Ásia, também registraram alta: Advantest (+13,7%) em Tóquio e SK Hynix (10,2%) em Seul.
Depois de criticar Pequim pelo que chamou de "falta de respeito", Donald Trump anunciou que elevaria "imediatamente" para 125% as tarifas sobre as importações chinesas, depois que a China contra-atacou e anunciou que aumentaria para 84% as tarifas sobre os produtos americanos.
Apesar da tensão, os mercados chineses resistem: às 6h30 GMT (3h30 de Brasília) em Hong Kong, o índice Hang Seng subia 2,65% e o índice composto de Xangai avançava 1,16%.
J.Simon--PS